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Como evitar o estresse para empreender com tranquilidade

  • Foto do escritor: Informe Cabula
    Informe Cabula
  • 19 de ago.
  • 3 min de leitura

Especialista em bem-estar corporativo traz dicas para empreendedores que desejam tornar mais leve a rotina de gestão e reduzir a sobrecarga


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Foto: Campaign Creators/Unsplash


Ter o próprio negócio leva a desafios que podem rapidamente fazer com que a jornada deixe de ser prazerosa. A responsabilidade exclusiva pelas tomadas de decisão envolvendo a empresa e desconhecimento técnico sobre o funcionamento de algumas áreas que exigem uma participação ativa acabam se tornando, por vezes, um ônus na vida do empresário.


O resultado disso pode ser visto na preocupação de empreendedores com as cargas de trabalho excessivas. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva e Itaú, seis em cada dez empreendedores brasileiros dizem sofrer com algum sentimento de desconforto no trabalho, com destaque para o cansaço (50%) e a sobrecarga (46%).


Essa sobrecarga imposta pela rotina autônoma e as fronteiras borradas entre vida pessoal e trabalho também costumam influenciar na percepção de empreendedores a respeito do próprio bem-estar — e consequentemente de sua saúde mental.


De acordo com um recente estudo da plataforma Endeavor, mais da metade (56%) dos empreendedores brasileiros reconhecem suas jornadas de trabalho como exaustivas, e praticamente todos eles (94%) já encararam uma doença mental como ansiedade e burnout, em decorrência da rotina.


Segundo Renata Rivetti, especialista em psicologia positiva e ciência da felicidade e fundadora da Reconnect Happiness at Work, empresa dedicada ao bem-estar corporativo, é possível que empreendedores tenham melhor qualidade de vida, mesmo diante de rotinas múltiplas e desafiadoras. Para isso, a Rivetti recomenda a construção de relações valiosas, pausas estratégicas e também o foco em eficiência operacional.

Veja abaixo seis dicas para adotar uma rotina mais saudável:


Busque a estabilidade financeira


A preocupação excessiva muitas vezes está ligada ao estresse financeiro, com desafios clássicos como a redução de despesas e a obtenção de crédito para sustentar o negócio.

Diante disso, o primeiro passo está em organizar as despesas da empresa, com uma gestão orçamentária bem definida e a separação clara de recursos pessoais dos empresariais.


Tenha atividades de lazer


A sobrecarga de trabalho, reforça Rivetti, deve ser compensada por atividades prazerosas ao longo da rotina e que sejam capazes de desconectar o empreendedor de seu ofício gerencial.


“As pausas regulares são igualmente importantes. Embora a sobrecarga e os momentos de maior demanda sejam inevitáveis, a incorporação de pausas na rotina do empreendedor é essencial”, diz.


“Essa abordagem pode ser comparada à preparação de um atleta para uma maratona. Assim como o corredor incorpora treinos com pausas e momentos de descanso para a recuperação muscular, o microempreendedor, assim como qualquer profissional, precisa incluir pausas em sua rotina de trabalho”, acrescenta.


Priorize as boas relações


Dedicar tempo para a construção de relacionamentos saudáveis e significativos é vital para manter o bem-estar pessoal, mas também tem papel fundamental na manutenção da satisfação e felicidade dentro do ambiente empresarial — de micro a grandes empresas, segundo Rivetti.


“A felicidade pessoal frequentemente deriva de relações profundas. É importante priorizar o tempo de qualidade com os stakeholders da empresa, como parceiros, fornecedores e clientes, e também com a família. Isso exige o abandono da multitarefa e da crença de que o excesso de trabalho é sinônimo de resultados”, afirma.


Adote modelos de gestão flexíveis


Os modelos de trabalho flexíveis têm se tornado populares entre as pequenas e médias empresas. Nesse cenário, PMEs interessadas em criar ambientes sustentados pela qualidade de vida e bem-estar dos funcionários se tornam adeptas a modelos como “remote first”, além de adotar jornadas reduzidas de trabalho, como é o caso da semana de quatro dias úteis — em consonância com uma tendência global observada no mundo do trabalho.


O olhar para o fator humanização vem logo em seguida, por meio do exercício de uma liderança empática e com sensibilidade para designar tarefas e funções com base nas competências e habilidades de cada funcionário, incluindo a si mesmo, defende a especialista.


“Ao alocar as pessoas certas nas tarefas adequadas, que correspondam aos seus interesses, os resultados tendem a ser superiores”, pontua.


Defina métricas de bem-estar


De acordo com Rivetti, é fundamental reconhecer que a percepção de bem-estar está diretamente ligada ao senso de realização, seja ela pessoal ou profissional. Sendo assim, é preciso acompanhar de perto o sucesso das ações que estão sendo tomadas para que a felicidade seja atingida, visando entender se os objetivos estão sendo cumpridos e tratando o tema como uma meta factível.


Texto por Maria Clara Dias





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