Governador Jerônimo lança pacote de ações para juventude e empossa novos conselheiros do CEJUVE
- Informe Cabula

- 25 de set.
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Foto: Divulgação
A Biblioteca Central dos Barris, em Salvador, foi palco nesta terça-feira (23/09/2025) da cerimônia que abriu a Semana Estadual da Política de Juventude, com a posse dos novos conselheiros do Conselho Estadual da Juventude (CEJUVE) e o anúncio de medidas estratégicas pelo governador Jerônimo Rodrigues. O evento também contou com apresentações da Orquestra Neojiba e a participação de representantes do Governo Federal.
A solenidade oficializou a diplomação de 60 conselheiros e conselheiras, que atuarão no biênio 2025/2027. O CEJUVE, de caráter consultivo, tem como função articular, monitorar e avaliar políticas públicas de juventude na Bahia, reunindo representantes do poder público e da sociedade civil.
O governador Jerônimo destacou a importância da cooperação entre União, estados e municípios:
“A juventude compreendeu que nós temos que fortalecer o sistema nacional. O presidente Lula não resolve sozinho, o Governo do Estado também não dá conta. É preciso que os municípios e a sociedade entendam a participação da juventude como garantia de políticas de educação, segurança pública, lazer, emprego e renda”, afirmou.
Diversidade e representatividade
O CEJUVE é composto por 20 representantes do poder público e 40 da sociedade civil, incluindo movimentos sociais, entidades juvenis e organizações não governamentais. Para Tobias Muniz, integrante do Terreiro Vodun Zo, a missão é ampliar a voz das juventudes periféricas e tradicionais:
“Ajudar cada vez mais a vida da juventude preta, que está na periferia, no campo, nas comunidades de fundo e fecho de pasto, povos e tradições, para tornar mais democrático e consolidar direitos e garantias”, disse.
Já Ítalo Menezes, representante do segmento cultural, ressaltou o papel do Conselho como espaço de escuta e articulação social em um estado “grande, diverso e ampliado”.
Criação do Foejuve
Entre as medidas anunciadas, Jerônimo Rodrigues assinou o decreto que institui o Fórum de Gestores e Gestoras Municipais de Juventude (Foejuve). O objetivo é descentralizar ações, fortalecer territórios e promover maior integração entre municípios e Estado.
Segundo o governo, a iniciativa permitirá a troca de experiências exitosas, além de alinhar estratégias locais aos programas estaduais e federais, ampliando a eficácia das políticas públicas voltadas para jovens.
Adesão ao Plano Juventude Negra Viva
Outro ponto central do evento foi a adesão da Bahia ao Plano Nacional Juventude Negra Viva (PNJNV), lançado pelo Governo Federal em 2023. A proposta envolve União, estados, municípios, universidades e movimentos sociais no combate às desigualdades raciais e à violência contra jovens negros.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, destacou a importância da parceria:
“É fundamental garantir políticas de educação, saúde e cidadania que impeçam que a juventude seja absorvida pelo tráfico, pelas milícias ou pelo crime organizado. É uma disputa de projetos para o futuro do país”, afirmou.
Estudos de diagnóstico das juventudes
A cerimônia também marcou a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica Científica (ACT) entre a Serin/Cojuve e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), voltado à realização de estudos de diagnóstico das juventudes.
Para o coordenador geral de Políticas para Juventude do Estado, Nivaldo Millet, a iniciativa fortalece o caráter transversal da política:
“É um momento histórico para a juventude da Bahia, que celebra 18 anos de política pública. A pactuação garante que as ações cheguem com mais qualidade na ponta”, destacou.
Agenda abrangente
As medidas lançadas pelo governo estadual consolidam uma agenda abrangente para a juventude baiana, ao mesmo tempo em que reforçam a cooperação federativa e a transversalidade das políticas. A posse dos conselheiros amplia o espaço de participação social, enquanto o Foejuve descentraliza a gestão. A adesão ao Plano Juventude Negra Viva simboliza o enfrentamento das desigualdades raciais, mas o êxito dependerá da efetiva execução orçamentária e da capacidade de articulação entre os diferentes níveis de governo. O desafio central permanece em transformar compromissos formais em resultados concretos para jovens em situação de vulnerabilidade.
Por: Carlos Augusto




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