Kodak aposta em nostalgia e colecionismo com a câmera Charmera
- Informe Cabula
- há 20 horas
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Foto: Divulgação
A Kodak lançou um produto que mistura memória afetiva e estratégia de colecionismo para se conectar com novos públicos. Trata-se da Charmera, uma câmera digital compacta que revive o charme das antigas descartáveis e aposta na cultura das caixas surpresa para estimular a curiosidade e a recorrência de compra. A novidade resgata a essência da Kodak Fling, de 1987, e transforma a imperfeição estética em diferencial competitivo, em um mercado dominado por imagens cada vez mais realistas.
Com um design pequeno, de apenas 5,5 centímetros, a Charmera funciona também como acessório, já que vem com argola de chaveiro. Mas é sua proposta criativa que chama atenção: cada clique se torna especial porque a memória interna armazena apenas duas fotografias, sem espaço para cartão microSD. O sensor CMOS de 1,6 megapixel, a lente plástica de abertura f/2,4 e a capacidade de gravação de vídeos em 30 fps com resolução de 1440x1080 reforçam a estética lo-fi. Em vez de nitidez, a câmera entrega imagens granuladas, enevoadas e com falhas propositais, que remetem ao visual analógico dos anos 80 e 90.

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O grande diferencial está na forma de comercialização. A Charmera é vendida em caixas surpresa, o que significa que o consumidor só descobre a cor do modelo ao abrir a embalagem. O conceito de “blind box”, popular em brinquedos e colecionáveis, ganha aqui um novo uso, estimulando a compra repetida e criando um vínculo emocional com a marca. No total, são sete versões diferentes disponíveis.

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A estratégia alia nostalgia, exclusividade e engajamento social, em uma jogada que transforma o produto em objeto de desejo, mesmo com funcionalidades limitadas. O preço também reforça esse posicionamento: cada unidade custa US$ 29,99, enquanto o conjunto completo sai por US$ 179,94. Ainda não há previsão de venda no Brasil.
Com a Charmera, a Kodak não busca competir em megapixels ou inovações técnicas. O objetivo é oferecer experiência, conversa e pertencimento, resgatando a beleza das imperfeições em um momento em que a estética perfeita domina o consumo de imagens.
Por: Priscilla Oliveira
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