Varejo de moda e acessórios reage e melhora rentabilidade no 1º trimestre de 2025
- INFORME CABULA
- 15 de mai.
- 2 min de leitura
Riachuelo reduziu prejuízo, C&A manteve as vendas em alta e Vivara triplicou o lucro

Foto: Freepik
Riachuelo, C&A e Vivara apresentaram resultados do primeiro trimestre de 2025 com aumento nas receitas e sinais de maior controle sobre custos e dívidas. Mesmo com cenários diferentes em rentabilidade, as três empresas mostraram avanço na margem operacional, indicador que mede a eficiência da atividade principal.
A combinação de vendas em alta, ajustes financeiros e foco na operação aponta para um movimento de recuperação no setor de moda, mesmo em um ambiente ainda marcado por juros elevados e instabilidade econômica.
Riachuelo reduz prejuízo e melhora desempenho operacional
A Riachuelo teve receita de R$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O prejuízo caiu para R$ 26,6 milhões, bem abaixo dos R$ 116 milhões registrados no 1T24.
O lucro operacional da empresa, medido pelo EBITDA (que mostra quanto a empresa ganha antes de pagar dívidas, impostos e descontar gastos com depreciação), foi de R$ 248,3 milhões. Esse foi o melhor resultado para um primeiro trimestre desde 2017. A margem EBITDA, que compara esse lucro com a receita, foi de 11,3%.
A dívida líquida da empresa caiu para R$ 869,1 milhões. Isso reduziu a relação entre dívida e lucro operacional para 0,6 vez, um número considerado baixo. A empresa pretende seguir diminuindo essa relação ao longo do ano.
C&A cresce em vendas, mas lucro é pequeno
A C&A Brasil teve receita de R$ 1,61 bilhão no primeiro trimestre, com crescimento de 10,9%. Mesmo assim, o lucro ficou em apenas R$ 4,1 milhões por causa de ajustes contábeis. Queda de 94,3 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O EBITDA, que mede o lucro da operação principal da empresa, foi de R$ 244,5 milhões. A margem EBITDA subiu para 15,2%. Esses números incluem o impacto de regras contábeis atuais, chamadas IFRS 16, que mudam a forma de registrar despesas com aluguel.
As vendas em lojas já existentes cresceram no setor de roupas, mas caíram no setor de eletrônicos. A margem bruta, que mostra o quanto sobra após o custo dos produtos vendidos, subiu para 54,1%.
Vivara triplica lucro e melhora margem
A joalheria Vivara teve receita de R$ 537,1 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 20,8%. O lucro líquido foi de R$ 115 milhões, mais do que o triplo do registrado no mesmo período do ano anterior.
O EBITDA ajustado, que mostra o lucro da operação principal sem eventos fora do comum, foi de R$ 101,1 milhões, com alta de 54,4%. A margem EBITDA subiu para 18,8%.
A dívida bruta da empresa chegou a R$ 469,5 milhões, alta de 17,8%. O aumento está ligado à antecipação de recebíveis — operações em que a empresa recebe antes valores que ainda seriam pagos por clientes. Esses contratos, com prazos mais longos, passaram a ser registrados como empréstimos. Mesmo com esse crescimento, o nível de endividamento segue sob controle.
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