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Zootopia 2 - Review

  • Foto do escritor: Informe Cabula
    Informe Cabula
  • 26 de nov.
  • 4 min de leitura

Filme estreia quinta-feira (27) nos cinemas


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Foto: Diulgação



Poderia uma coelha e uma raposa darem certo? Essa é a principal questão que Zootopia 2 tenta responder ao longo da nova jornada de Judy Hopps e Nick Wilde, agora (e oficialmente) uma dupla de policiais determinados a resolver o próximo grande mistério da cidade animal, enquanto o filme tenta achar o equilíbrio certo entre investigação e o tenso relacionamento de um carnívoro e um herbívoro. Claro, já sabemos como esse filme irá terminar.


Quase 10 anos após o lançamento do primeiro filme, Zootopia 2 parte praticamente do final dos eventos com a prisão Dawn Bellwether. Aqui, a trama coloca Judy e Nick em uma crise de relacionamento enquanto tentam descobrir a verdade sobre o Diário dos Lynxley, a chave para as Torres Climatizadoras da cidade, roubada por uma cobra, espécie que não aparece na cidade há praticamente 100 anos. Juntos, os parceiros em crise precisam correr contra o tempo e descobrir novas áreas selvagens de Zootopia e provar para todos que fazem uma bela dupla.


Enquanto o foco central do primeiro Zootopia era a linha tênue de manter a paz na cidade entre carnívoros e herbívoros, a sequência se preocupa mais em mostrar aos espectadores novas áreas não exploradas da animação anterior enquanto tenta explorar o preconceito da cidade em relação a répteis e, principalmente, cobras.


Cobras não são vistas há 100 anos da cidade de Zootopia após uma delas morder (e matar) uma tartaruga. Passado esse tempo, uma cobra aparece para roubar o famoso Diário de Lynxley e causa um reboliço na cidade, mas, diferente da trama do primeiro filme em que havia um constante medo entre carnívoros e herbívoros, a suposta aparição de uma cobra e sua ameaça na sociedade não são tão explorados. Na verdade, a trama tenta seguir uma história padrão de crime, focando somente em como Judy e Nick tentam resolver o caso mesmo com pensamentos tão diferentes. Até quando Gary, A Cobra, aparece, espera-se que essa discussão ganhe mais camadas, mas mesmo após a conclusão do filme, os habitantes de Zootopia apenas aceitam que cobras agora são parte da sociedade, sem ter tido, pelo menos, algum medo em torno da reintrodução do animal igual ao primeiro filme.


Mas, voltando a falar da cidade, Zootopia 2 explora outras áreas e responde dúvidas que fãs tiveram há tempo. Aqui, vamos à área da Tundra, cheia de neve onde, coincidentemente, é o local da prestigiada família de linces, os Lynxley. Depois passamos para o Brejo, um pântano que animais aquáticos e répteis como tartarugas e lagartos vivem, já que são desprezados pelo resto de Zootopia por conta do caso da cobra 100 anos atrás. A Tundra não tem muito a oferecer aos espectadores a não ser saber o local que animais polares ou de frio residem (como o urso da Coca-Cola), mas é o Brejo que tem mais destaque: cheio de personagens carismáticos e até parecidos aos de filme de “velho oeste”.


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(reprodução)


Por fim, temos uma breve olhada no deserto, onde, como se espera, tem animais como camelos (e meio que é só isso além de ser muito quente).

Senti falta da localização que o primeiro Zootopia fez tão bem. Dependendo em qual país o filme foi exibido, a equipe de animação fez questão de colocar animais locais para apresentar o jornal da cidade. Aqui no Brasil uma onça-pintada foi um dos âncoras, enquanto no Canadá e EUA um alce, na Nova Zelândia e Austrália um coala e no Japão um tanuki. Desta vez, no entanto, é apenas um alce, mesmo para o Brasil.


Crise no relacionamento


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(reprodução/disney)


Judy e Nick são uma dupla improvável e, com mundos tão diferentes com criações diferentes, os dois passam por altos e baixos em seu relacionamento. A pedido do Chefe Bogo no quartel da polícia, a dupla é aconselhada a fazer parte do Parceiros em Crise, programa visando a ajudar duplas a se reconectarem e a se escutarem. Aqui, conhecemos a adorável Dra. Fuzzby, uma quoka que poderia ter aparecido mais vezes na animação, já que ela tem somente 5 minutos (se é que é muito) de tela. Feita por Quinta Bronson (Abbott Elementary) e dublada por Thalia Ayala, Fuzzby nos resume os principais problemas do relacionamento de Judy e Nick e o filme deixa os dois explorarem isso ao longo da trama sozinhos, o que pode parecer repetitivo já que a dupla repete os mesmos pensamentos que no primeiro filme. Até o fato de Judy e Nick serem policiais juntos poderia levantar questões perante a sociedade sobre “como uma coelha e uma raposa podem desvendar crimes juntos?”, mas o filme não explora essas questões.


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(reprodução/disney)


Ainda assim, essa “terapia de casal” e até os problemas de comunicação entre os personagens serve como um duplo sentido para os fãs que acreditam que Nick e Judy sejam mais do que apenas amigos — afinal, ele disse “eu te amo” para a coelha no final do primeiro filme. Mesmo que a Disney reforce que os animais sejam somente isso, o filme nos dá entender que os dois são realmente feitos um para o outro e é isso.


O Veredicto


Zootopia 2 entrega um crime fascinante que conta mais da história da cidade em que todos (ou melhor, alguns) bichos são bem-vindos. A dupla Judy e Nick continua carismática e divertida, e a proposta de explorar sua crise de relacionamento adiciona uma camada emocional interessante, mesmo que repetitiva em alguns momentos. Mesmo assim, entrega uma boa história policial e reforça a parceria entre a coelha e a raposa. É bem verdade que o longa não atinge o frescor revolucionário do primeiro filme, mas oferece uma continuação competente, divertida e emocionalmente satisfatória.













































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